"ESPÍRITO DE GENTILEZA"

"ESPÍRITO DE GENTILEZA"
Precisamos olhar mais para os lados, precisamos deixar de exigir a perfeição, precisamos estender as mãos sem querer nada em troca. Por que somos assim, tão individualistas, tão cheios de preconceitos? Por que somos tão complexos? Talvez nós, é quem transformamos a vida em uma complexa rede de relacionamentos e realizações. Quero ter o prazer de viver de olhos fechados, livre como os pássaros, sem ter medo de amar ninguem. É possível? Eu não sou perfeito.

terça-feira, 31 de julho de 2007

ANTES DO ENTARDECER

Hoje eu encontrei um motivo para continuar vivendo. Durante todo esse tempo, olhei para meu interior e me sentia completamente distante desse mundo, desconectado dessa rede de relacionamentos humanos, escondido em meu próprio mundo, com medo, pavor de me deparar com situações desagradáveis. Eu, até então, via o mundo como um paraíso tropical, uma grande mistura de cores, sentimentos, e sorrisos. Eu poetizava esse paraíso, e criava elementos que recriava tudo a minha volta. Não tinha ideia da realidade, só sabia sonhar, criar meu próprio mundo. Cresci cercado de amor, de carinho, de sorrisos e alegrias, achava que os demais cantos do mundo fossem assim. Quando acreditava que meu universo era inabalável... meus pais super-heróis, aí tudo desmoronou, como uma montanha se destruindo por completo. Percebi que meus pais eram vulneráveis, humanos e não deuses inabaláveis, que sofriam quando estavam preocupados, que lutavam desesperadamente para doar todas as suas forças para seus filhos, que enfrentavam todas as barreiras com o objetivo de derruba-las, para assim... deixarem o caminho livre para passarmos. Vivi em uma redoma de cristal, mundo cercado de cuidados, e muito carinho. Me sentia muitas das vezes sem privacidade, por sempre existir regras... regras ... "ditatoriais", mas era uma forma de manter tudo sobre o controle. O fato de ter vivido em uma redoma de cristal, e ter me mantido afastado do mundo, terminou gerando em mim, eu meu interior uma insegurança terrível, um medo descontrolado do próprio ser humano, de tudo o que me cercava. Fui crescendo, acreditando que meu mundo de contos de fadas seria eterno, e que eu não iria passar por momentos que fizessem meus dias se escurecerem. Mas, meu mundo desmoronou, e aí, desprotegido e com toda minha inocência... me atirei mundo afora, e descobri o que no fundo, meus olhos não queriam ver. O que eu podia fazer? Nada mais era como antes, eu eu tinha 22 anos, vivia como uma criança no paraíso cercado por anjos guardiões que nada me deixavam fazer, zelando pela minha saúde física, mental e espiritual... Cresci vivendo em um mundo de filosofia, de metáforas, esinamentos espirituais. Cresci ouvindo a música erudita, que me parecia ser tocada pelos seres celestiais... Cresci amando a literatura, conhecendo , atravez dos livros a cultura de outros povos, o saber de cada um deles , respeitando o ser humano, desenvolvendo um sentimentalismo enorme... Eu cresci como uma criança, sem saber o que existia além das minhas fronteiras... Me senti como um anjo que caiu em um mundo o qual desconhecia por completo, mas que este seria um desafio, e eu teria que vencer, e ajudar a outros a caminharem nessa mesma jornada. Aprendi a usar os princípios da ética, da moral, e sofro por tentar seguir os pensamentos de JEJUS CRISTO,MAHATMA GANDHI e outros mais... Meus pais me ensinaram a viver assim, a sonhar , a buscar a verdade na verdade, a querer sempre o bem de todos, assim como queremos o nosso próprio bem. Assim eu cresci e continuarei crescendo, mesmo que eu tenha que sofrer como muitos outros que procuraram o verdadeiro sentido da vida. Minha vida, será sempre repleta de valores, porque eu procuro cultivar dentro de mim aquilo que meus pais plantaram... o amor. assim disse meu grande mestre: ""Acredito na essencial unidade do homem, e portanto na unidade de todo o que vive. Desse modo, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida." MAHATMA GANDHI .

Nenhum comentário: